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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hoje eu tenho prova de Tecnologia da Confecção ¬¬°

O bom é que é a ultima prova!! O ruim é que não é a professora da matéria que vai dar a prova, parece que ela fez uma cirurgia e tem que ficar deitada! Só porque ela sempre ajuda na prova ¬¬°



Princípios da Administração Científica - Frederick Winslow Taylor

Taylor foi um engenheiro americano e teve como foco do seu trabalho o estudo de métodos e movimentação buscando modernizar e aplicar conceitos científicos (cálculos matemáticos) aos gargalos administrativos e de manufatura (produção). Mostrou muito interesse em extrair o máximo de resultado possível do equilíbrio entre máquina e colaborador. Partiu do princípio que a economia de movimentos teria influência direta no bem-estar do colaborador e melhor produtividade para a empresa. Após esse breve resumo, podemos perguntar, o que o vestuário/confecção tem a ver com Taylor? Vou dar alguns motivos e aplicá-los em nossa realidade e, assim, será possível compreender a importância da administração científica.

Pedidos em excesso
Todos sabemos que o vestuário gira em torno das estações do ano (cada vez mais doidas), podemos dizer que mais da metade trabalha oito meses do ano a pleno vapor e o restante fica na entressafra. Nesse momento de superprodução, de necessidade extrema de cobrir o fluxo de caixa, entra o fator "superprodução em excesso". Com isso, damos início à corrida, mais corte, mais horas extras na produção, mais faccionistas, enfim, buscamos ao máximo atender a tudo o que podemos. Dessa maneira, os princípios lógicos de administração ficam para traz, como no exemplo citado de hora extra. Nesse caso cabe a pergunta. Até que ponto a hora extra vai fazer com que eu tenha produto pronto no final para ser faturado? Isso agrega valor ao produto? O que estou produzindo na extra não esta comendo meu lucro? O excesso de produção pode gerar o desperdício e a baixa qualidade. Outro ponto para refletir é a qualidade.

Será que produção em excesso combina com qualidade?
Na busca pelo equilíbrio dos colaboradores com o melhor resultado da produção, Taylor pesquisava movimentação lógica e concluiu que, em alguns casos, o fator fadiga/repetição traz um resultado negativo ao processo. Há um limitador humano que Taylor encontrou, nesse caso, que excede as 8 horas (Vale lembra que a hora extra bem usada pode trazer retorno) de trabalho, baixando o nível de concentração do colaborador gerando, assim, retrabalho, desgaste administrativo e baixa qualidade na ponta (consumidor final). Isso porque em alguns casos de facção, pelos prazos curtos de entrega, quando são detectados defeitos não há tempo para o conserto ser feito fora do fornecedor, assim, outras pessoas realizam o ajuste, descontando do faccionista. Essa ação gera retrabalho e esse retrabalho, quando realizado e executado com equipamentos diferentes do processo de origem, cria uma distorçam na qualidade.
(Para saber mais sobre o assunto, consulte Fundamentos de Administração Científica, [Silvia, é bom acrescentar o autor] - editora Atlas, página 29).

Taylor com todas as suas performances administrativas impulsionou toda uma geração de pessoas, preocupadas com processo produtivo e piso fabril, a buscar ferramentas cada vez mais específicas e eficazes para obter o melhor resultado possível do equilíbrio entre máquina e colaborador, dessa forma fez com que as perdas fossem cada vez menores e a produtividade atingisse índices e resultados satisfatórios. Essa experiência de Taylor faz com que nós, do vestuário/confecção, sejamos cada vez mais responsáveis pelo desenvolvimento e pela aplicação de técnicas ajustadas à nossa realidade singela de informações desse nível.

Na busca de melhorar os nossos números de produção e performance de vendas, outras ferramentas podem ser acopladas à Administração Científica de Taylor. Isso possibilita realizar processos produtivos de maneira eficaz e com o mínimo de desperdício. Duas delas são de fácil aplicação na confecção/vestuário, a técnica do 5W"s e 1H, que garante a manutenção dos processos criados, assegurando o mínimo de perda em cada atividade e o conceito "ECRS", no qual estimulamos encarregadas de produção, cronometristas/cronoanalistas e responsáveis pelo PPCP a buscarem constantemente alternativas e soluções.


5W's e 1H

What - O que está sendo feito?
Why - Por que esta estáfeito? Eliminar as atividades desnecessárias.
Where - Onde está sendo feito?
Whem - Quando está sendo feito? Combinar e Balancear as funções/operações.
Who - Quem está fazendo?
How - Como está sendo feito? Simplificar as operações.

ECRS
E = Eliminação
C = Combinação
R = Realocação
S = Simplificação

Como vimos, Taylor tem muito a ver com a nossa realidade do vestuário servindo de inspirarão e motivação para nos profissionalizarmos e, cada vez, sermos mais práticos e eficazes em nossas fábricas, vencendo diariamente os desafios colocados por terceiros (Concorrência, Governo, importação/china, mão-de-obra ilegal, prostituição de mercado, entre outras). Como em tudo na vida usamos referências, literaturas e absorvemos aquilo que podemos aplicar e praticar, faça o mesmo com Frederick Winslow Taylor e tire o máximo que a sua inteligência puder extrair. Se quiser mais, há um livro da Editora Atlas sob o tema Princípios de Administração Cientifica [Silvia, é bom acrescentar o autor]. Boa leitura e nos vemos no próximo artigo, em que falaremos sobre Kaisen e o vestuário/confecção.

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