O conceito de moda apareceu no final da idade média, em meados do século XV no início do renascimento europeu na corte de Borgonha, onde atualmente se encontra parte da França. Naquela época os burgueses se desenvolveram e se transformaram em cidades, onde eles ganhavam dinheiro e se transformaram em detentores do poder de compra, com isso a burguesia que não era nobre, mas era rica, começou a copiar as roupas dos nobres.
Os nobres, por sua vez, ao perceber a imitação começaram a mudar a sua forma de vestir, variando suas roupas para se distinguirem dos burgueses, assim os nobres fizeram funcionar a engrenagem - os burgueses copiavam, os nobres inventavam algo novo, e esse ciclo se repetia. Conforme Lipovetsky (1989): desse duplo movimento de imitação e distinção nasceu a mutabilidade da moda.
Na época do Renascimento não existia o conceito de estilista ou costureiro. Apenas no século XVIII surgiu Rose Bertin, foi a primeira responsável pelas mudanças quando ficou famosa por assinar e cuidar das toilettes da rainha Maria Antonieta (1755-1793). Maria Antonieta era vaidosa, extravagante e adorava festas, assim, aos poucos a velocidade das mudanças no vestuário foi aumentando.
No século XIX começou uma necessidade mais complexa de distinção, a moda também começou a atender às necessidades de afirmação pessoal do indivíduo como membro de um grupo e também a expressar idéias e sentimentos. A partir desse momento de necessidades de expressão a moda entra em um momento mais sofisticado de sua leitura:
"A aceleração e o espectro das mudanças instalam verdadeiros desafios. Especialmente porque as modificações mais significativas na moda acontecem enquanto pessoas se vestem de modo absolutamente comum (...). É que primeiro a moda reage contra si mesma (contra o look anterior) para depois respingar na vida real. Por exemplo: a moda andrógina substitui a romântica, mas em algum momento as duas coexistem nas ruas." (PALOMINO, 2003)
Antes não havia distinção entre os tecidos usados por homens e os usados por mulheres, só no século XIX que o vestuário deles começou a se afastar, porém ainda era restrito para os homens e mais abundante para as mulheres. Assim o vestir feminino marcou a evolução da moda.
Referências Bibliograficas
PALOMINO, Érika. A Moda. ISBN: 8574023469. São Paulo: PubliFolha, 2003
PALOMINO, Érika. Folha Explica a Moda. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u842.shtml>. Acessado em: 11 Fev. 2009.
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